Hoje sinto-me triste. Sinto-me triste porque vejo que o meu karma, destino, sorte - o que lhe queiram chamar - não muda.
Esforço-me, tento procurar maneiras para dar a volta mas verifico que não consigo sair do mesmo sítio. Pelo contrário, cada vez sou mais engolida por um vórtex que me suga sem eu conseguir compreender porquê, o que estou a fazer mal, o que fiz de mal.
Quero mudar tudo, quero que a minha vida seja diferente mas não consigo. O universo não colabora, nunca há nada a meu favor, faça eu o que fizer.
E a tal conversa de que "a mudança está em nós", não é bem assim. Há que ter nem que sejam pequenos bafejos de sorte que nos encoragem e deem força para continuar, para empurrar o barco e nos levem pelo caminho certo.
Há dias em que sinto que a vida me tem vindo a trair de há uns tempos para cá. Sinto como se a vida desviasse do meu caminho as oportunidades de realizar desejos, sonhos, projectos pessoais. Não sou de desistir e vou sempre à luta mas há momentos em que o desânimo e a desmotivação para seguir em busca daquilo que queremos, é inevitável.
Sabem aquela sensação de que por mais que tentemos avançar, existe ali uma barreira invisível na qual estamos a embater sistematicamente e que faz uma espécie de efeito boomerang? Sinto que estou nessa fase. Tudo a que me proponho e que quero muito fazer ou que aconteça, não passa disso mesmo.
Quem me conhece na real life sabe perfeitamente a verdade constante nas palavras que escrevi. Queria que tudo fosse diferente, que a vida me desse segundas chances, oportunidades novas e pequenos bafejos de sorte. sim, porque eu estou sempre de mangas arregaçadas e pronta para ir à luta, por isso, vida, desafio-te a proporcionares-me as oportunidades, acompanhadas com alguns salpicos de sorte, para realizar o que mais quero. Aceitas o desafio, vida?
1º - De manhã trabalhei naquilo que tinha de levar para a escola, almocei e, de seguida, fui arranjar-me para ir para as aulas. Fiz tudo nas calmas porque almocei cedo e tinha tudo organizado. Quando olhei para o relógio... estava atrasada!!!! Enfiei o casaco, peguie nas duas malas e voei até à paragem do autocarro. Mesmo atrasada, ainda consegui entrar no café, beber um cafezinho e apanhar o bus. Ufa!
2º - Assim que saio de casa, meia dúzia de metros à frente, espeto uma coisa qualquer na sola da bota que é de borracha. Fokas! Não me chegava estar atrasada, tinha ainda que espetar je-ne-sais-quoi na bota da pata esquerda! Grunf! Também só te vou tirar quando chegar à paragem...
Lá fui eu rua abaixo clic-tuf-clic-tuf (isto era o som dos meus passos) e de vez em quando a raspar com a bota no chão, qual touro enfurecido, para ver se aquilo se soltava. Não ganhei nada com isso. Ao chegar à paragem, levanto a patanisca e vejo uma placa metálica entranhada na sola. Levou cá um piparote que até voou!
3º - Chego à paragem onde devo sair para ir para a escola. O sr. motorista faz o favor de esperar que eu atravesse a passadeira. Eu prossigo devagarinho - como sempre - e quando chego a meio do autocarro, o sr. motorista começa a apitar desalmademente. Pensei que fosse pela minha beleza estonteante (cof!cof!cof!) mas depois vi que um abécula sacanóides, vendo o bus parado, resolveu ultrapassá-lo a toda a velocidade. se eu não fosse tão cautelosa, a esta hora não estava aqui a contar isto. E este já é o take 2!
4º - Saio das aulas a correr pra apanhar o autocarro - graças à crise e à alteração dos transportes, se não apanhar este que passa em cima da hora de saída, fico uma hora à espera. E não há outro substituto... - e mal poiso a minha mala que pesa arrobas em cima do banco da paragem, surge o bus. Geralmente anda sempre atrasado mas hoje passou mesmo à hora. E eu, pelos vistos, cheguei mesmo na hora certa! Soube-me que nem ginjas pois 35 minutos depois já estava em casa. :)))
Hoje é sexta-feira 13. Embora o número 13 seja um dos meus preferidos, quando associado à sexta-feira, diz a sabedoria popular, que é um dia aziago, de pouca sorte.
Para mim sempre foi um dia normal, nunca me aconteceu nada de negativo neste dia. Mas isso pode mudar e pode ser hoje. É que hoje há situações que vão ocorrer que podem tornar-se em mais preocupação para mim, mais problemas, mais dores de cabeça. E como estou numa fase da minha vida em que ando aos ziguezagues, aos altos e baixos pois a sorte parece fugir do meu caminho, já receio tudo.
Apesar de me sentir em em paz, sinto-me apreensiva, com dois pés atrás, à espera de ser "atingida".
Façam figas por mim. Preciso que as energias positivas venham até mim.
Sexta-feira, dia 13, ano de Cristo de 2009. Até aqui tudo bem. Para muitos será um dia normal, para outros um dia de sorte e para outros ainda um dia... aziago!
E até posso referir alguns casos em concreto. Por exemplo, para o B., o J., o P., e o A. hoje foi um dia aziago. Portaram-se mal, logo, tiveram direito a um recado na caderneta do aluno, um t.p.c. extra e uma voltinha ao gabinete do director. Não foi muito mau, pois não?
Mas pior, pior, foram aqueles que deram um beijinho à minha frente. Um vinha a descer a rua, o outro sentiu uma atracção irresistível e... pimba! Saltou-lhe pra cima!!! Na, nada disso... Estou a falar de carros e de um choque traseiro. Não tenham segundas intenções!!
Acordei a sentir-me como se não tivesse pregado olho. De tal maneira que até me doíam os olhos. Sair de manhã para ir fazer o penso foi doloroso.
Não me sinto bem nem física nem psicologicamente. Cheguei do penso e estiracei-me na cama. Teve que ser. É uma espécie de cansaço muito estranho. E hoje com a agravante da sensibilidade dos olhos que me ardiam e custavam a manter abertos.
Depois de almoço voltei a sair de casa. Fui pagar as minhas obrigações sociais e aproveitei para dar uma mini-volta pela minha cidade. Mas foi mesmo mini.
Aproveitei para ir à minha loja de vernizes preferida para abastecer o meu stock. Vocês não sabem mas eu sou muito comichosa com as minhas mãos e as minhas unhas. Acho que as mãos são um cartão de apresentação e se elas não estiverem como eu gosto, escondo-as.
Depois passei pela minha sapataria preferida - que está em saldos - mas nem sequer entrei.
Deparei-me com a Feira do Livro que faz parte das festividades aqui da minha cidade. Como estou lisa, foi passar a correr por apenas uma parte da feira, aquela que fazia parte do meu caminho. Ainda parei em 2 ou 3 stands mas sumi dali rapidamente. Os livros merecem mais atenção da minha parte.
Se tiver coragem, talvez dê uma voltinha por lá no fim-de-semana.
Apanhei o bus e vim directa dar explicação na minha casa à minha explicanda R. Ainda não deu nada mas como é uma aluna de altas notas, já anda toda preocupada. Para a semana há mais.
Ah, e já agora, gostaria de saber porque é que toda a gente, ainda por cima nesta altura, resolveu mandar-me mails e SMS daquelas que, se não reenviarmos, temos não sei quantos anos de azar? Quem me conhece pessoalmente sabe muito bem que sorte é coisa que não tenho. Basta de agoiros, não? Se acreditam nestas coisas e acham que mereço que me enviem estas coisas para a sorte me fugir ainda mais, enviem mas ficam já a saber que eu não reenvio pois não desejo mal a ninguém. Por isso, a falta de sorte fica aqui comigo.
Amanhã vai ser um dia super complicado. Nem me apetece que chegue. Vou voltar à seca do hospital mas depois conto o que se passou, num hospital que Portugal inteiro diz mal… Alguém já adivinhou qual é?
P.S. - Um obrigado a todos os amigos que têm passado por aqui e me têm deixado algumas palavras de ânimo. Sinceramente, do fundo do coração! :)